PERESTROIKA E GLASNOST
Mikhail Gorbatchov
Nem mesmo os melhores analistas não
conseguiram prever o fim da URSS, acelerado pelos planos de reestruturação
econômica (perestroika) e político ( glasnost).
A estagnação econômica a partir de meados da década de 70, aliada à corrida armamentista, coloca em evidência as deficiências e distorções estruturais da sociedade soviética e a necessidade de reformas urgentes. A URSS enfrenta dificuldades crescentes para manter sua hegemonia na Europa Oriental, recua na Ásia, África e América Latina e naufraga no Afeganistão.
Mikhail Gorbatchov , funcionário de carreira do Partido Comunista da União Soviética, torna-se um dos principais assessores de Iuri Andropov durante o curto governo deste, entre 1982 e 1984. Em março de 1985 é eleito secretário-geral do partido, após a morte de Konstantin Tchernenko, que substituíra Andropov. Em 1986, desencadeia a glasnost e a perestroika, que, como ele próprio reconhece depois, definem o que deve ser destruído e mudado, mas não o que deve ser construído no lugar das estruturas antigas. Isso desencadeia movimentos que Gorbatchov não consegue controlar, conduzindo uma grave crise econômica, social e política, à sua própria queda, em 1991, e à desintegração da União Soviética. Seus entendimentos com os Estados Unidos e a Europa Ocidental para o desarmamento e a eliminação dos regimes socialistas na Europa oriental lhe granjeiam grande prestígio internacional, particularmente no Ocidente.
A estagnação econômica a partir de meados da década de 70, aliada à corrida armamentista, coloca em evidência as deficiências e distorções estruturais da sociedade soviética e a necessidade de reformas urgentes. A URSS enfrenta dificuldades crescentes para manter sua hegemonia na Europa Oriental, recua na Ásia, África e América Latina e naufraga no Afeganistão.
Mikhail Gorbatchov , funcionário de carreira do Partido Comunista da União Soviética, torna-se um dos principais assessores de Iuri Andropov durante o curto governo deste, entre 1982 e 1984. Em março de 1985 é eleito secretário-geral do partido, após a morte de Konstantin Tchernenko, que substituíra Andropov. Em 1986, desencadeia a glasnost e a perestroika, que, como ele próprio reconhece depois, definem o que deve ser destruído e mudado, mas não o que deve ser construído no lugar das estruturas antigas. Isso desencadeia movimentos que Gorbatchov não consegue controlar, conduzindo uma grave crise econômica, social e política, à sua própria queda, em 1991, e à desintegração da União Soviética. Seus entendimentos com os Estados Unidos e a Europa Ocidental para o desarmamento e a eliminação dos regimes socialistas na Europa oriental lhe granjeiam grande prestígio internacional, particularmente no Ocidente.
Perestroika - A perestroika,
ou reestruturação econômica, é iniciada em 1986, logo após a instalação do
governo Gorbatchov. Consiste num projeto ambicioso de reintrodução dos
mecanismos de mercado, renovação do direito à propriedade privada em diferentes
setores e retomada do crescimento. A perestroika visa liquidar os monopólios
estatais, descentralizar as decisões empresariais e criar setores industriais,
comerciais e de serviços em mãos de proprietários privados nacionais e
estrangeiros. O Estado continua como principal proprietário, mas é permitida a
propriedade privada em setores secundários da produção de bens de consumo,
comércio varejista e serviços não-essenciais. Na agricultura é permitido o
arrendamento de terras estatais e cooperativas por grupos familiares e
indivíduos. A retomada do crescimento é projetada por meio da conversão de
indústrias militares em civis, voltadas para a produção de bens de consumo, e
de investimentos estrangeiros.
Glasnost - A glasnost, ou transparência política,
desencadeada paralelamente ao anúncio da perestroika, é considerada essencial
para mudar a mentalidade social, liquidar a burocracia e criar uma vontade
política nacional de realizar as reformas. Abrange o fim da perseguição aos
dissidentes políticos, marcada simbolicamente pelo retorno do exílio do físico
Andrei Sakharov, em 1986, e inclui campanhas contra a corrupção e a
ineficiência administrativa, realizadas com a intervenção ativa dos meios de
comunicação e a crescente participação da população. Avança ainda na
liberalização cultural, com a liberação de obras proibidas, a permissão para a
publicação de uma nova safra de obras literárias críticas ao regime e a
liberdade de imprensa, caracterizada pelo número crescente de jornais e
programas de rádio e TV que abrem espaço às críticas.